Flexibilização

Nessa mesma época no ano passado eu estava preparando a publicação do texto do mês que aborda o elemento TERRA e lá faço relações entre o planeta, o elemento, o solo e nós.

A maneira como cuidamos da nossa morada (corpo físico) reflete na maneira como cuidamos da nossa “maior morada”: o planeta. Cada ano um recado maior e aí veio 2020! Já falamos aqui que para nossa geração é a primeira vez que acontece uma situação de pandemia e ver como lidamos com tudo isso só pode nos trazer aprendizado!

Estamos flexibilizando a quarentena já há algum tempo e desde que começaram a usar esse termo tenho pensado nas relações dessa palavra com nosso comportamento, na simbologia, na filosofia.

A definição de flexibilizar é qualidade de ser flexível, maleável, ágil e se move com facilidade.

Será que estamos prontos para a flexibilização? Somos mais ou menos flexíveis com os outros? Sou muito flexível comigo? O quanto sou flexível em aceitar o outro? O ponto de vista diferente?

“Fogo negro sob fogo branco” como aprendi com um ótimo professor. Tanto há por trás de tudo isso que estamos vivendo!

E já que estamos no mês de Virgem (que é um signo do elemento terra) podemos aproveitar a energia para analisar com bastante critério o quanto esse isolamento trouxe de flexibilização?

O quanto cada um de nós está realmente disposto a ceder, a se adaptar, a flexibilizar?

No nosso corpo a flexibilidade depende da saúde dos nossos músculos e das nossas articulações. Você que me acompanha já sabe que quanto maior a rigidez, maior a dor muscular e articular.

Quanto maior a resistência, menor o fluxo. É uma lei da física!

Quanto maior a rigidez (de pensamento, comportamento), maior a tensão muscular, menor o fluxo sanguíneo e as coitadas das células sofrem com menos oxigênio e nutrientes.

Nossas células são nosso microcosmo, nosso corpo é o microcosmo do nosso planeta e assim podemos compreender que as situações do cotidiano podem nos ensinar muito a respeito de ser humano.

Cada fase dessa pandemia que estamos passando nos ensina que é necessário cuidar de mim para cuidar do todo, o que eu faço afeta outros e juntos podemos mais.

Cada um se adaptou como pôde e agora temos a chance de mostrar o que foi que aprendemos para tornar possível a retomada às atividades profissionais e sociais.

Serei compreensível com o fulano que está ao meu lado e não usa a máscara direito? Serei amoroso ainda que a pessoa queira evitar contato comigo?

Consigo respeitar quem precisou sair para trabalhar desde o início do isolamento? Desenvolvo empatia com a pessoa que acha que não existe vírus nenhum?

Sou realmente capaz de realizar a flexibilização? Espero que sim!

Desejo mesmo que todos nós possamos continuar aprendendo e testando novas formas, novos hábitos, novas ideias e ideais. Que sejamos capazes de nos adaptar com amor e respeito e sermos uns com os outros tudo aquilo que curtimos, postamos, seguimos e sentimos de verdade!

Lembre-se: amor, tolerância, empatia e alegria. Uma sociedade fraterna só se constrói com verdadeiros pilares.

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Renata Conti - Minha História

Renata Conti

Renata é fisioterapeuta e professora. Com formação em Terapias Complementares é especialista em diversas terapias como: Quiropraxia, Acupuntura, Drenagem Linfática além da estética , Moxabustão, Auriculopuntura, Shiatsu e Craniopuntura.