Esse é o nome “chique” do bico de papagaio que todo mundo conhece e é um dos principais sinais da artrose, o desgaste articular.
É uma forma de proteção que nosso corpo realiza para distribuir melhor as forças as quais nossas articulações são submetidas, mesmo que haja fraqueza ou tensão muscular e até mesmo algum problema ligamentar.
Normalmente aparece em ossos irregulares que são os ossos do joelho, quadril e coluna.
Nas vértebras quase sempre acontece a mesma coisa: o disco intervertebral sofre perda de líquido e a altura entre os ossos diminui o que leva ao atrito gerando essa resposta de defesa – osteofitose (presença de osteófitos). O bico de papagaio aparece bem no espaço onde há a saída da raiz nervosa.
A raiz de um nervo é o local onde ele sai da coluna e segue seu trajeto até o local de inervação correspondente que pode ser um músculo, um órgão, uma víscera, uma glândula.
Imagine uma nova formação óssea (osteófito) que surgiu e agora gera um atrito, irritando o nervo que não consegue mais dedicar cem por cento de sua atenção ao local de inervação pois agora tem mais uma preocupação.
Pode ser isso que faz uma pessoa sentir, por exemplo, formigamento nas costas que irradia para glúteo e lateral da coxa; sentir refluxo, fazer exame e não dar nada no resultado; sentir fisgadas, espasmos ou dormência em algumas partes do corpo.
Esses são alguns exemplos do que a presença dos osteófitos pode manifestar no corpo, mas, como sempre vale a pena frisar, tudo depende do local do aparecimento do “bico de papagaio”, dos hábitos de vida da pessoa e de sua percepção perante o mundo.
A união entre os ossos são as articulações que servem para dar flexibilidade ao nosso esqueleto. Se temos um movimento livre e amplo é devido ao bom funcionamento dos músculos e das articulações.
Qualquer rigidez interrompe essa flexibilidade, seja ela muscular ou emocional; articular ou comportamental.
Sempre que não damos o braço a torcer pode aparecer uma dor, um desconforto, uma inflamação ou até mesmo um “bico de papagaio”.
Valcapelli & Gasparetto fazem uma ótima análise da metafísica da artrose falando sobre o “mimo”. Pessoas mimadas tendem a ter artrose pois não aceitam as coisas se não for do jeito delas, podem ficar contrariadas e, assim como uma criança birrenta e mimada que faz bico, os ossos dos adultos também fazem esse bico…
Os ossos são comandados pelo elemento ÁGUA segundo a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e nossa vitalidade, vontade, segurança e autoestima dependem do funcionamento equilibrado desse elemento.
No nosso corpo se manifesta nos rins e na bexiga, cuida dos ossos, dentes, cabelo. O que entra pelos ouvidos afeta diretamente seu funcionamento e, uma de suas principais funções é filtrar.
Filtrar o sangue para formar urina, filtrar o que entra pelos ouvidos, filtrar que tipo de ação quero nutrir. Tudo isso influencia diretamente a saúde dos nossos ossos.
Quanto mais eu consigo “não dar ouvidos” ao que o outro disse, mais saudáveis estarão meus ossos.
Quanto mais eu deixar “entrar por um ouvido e sair pelo outro” menos eu intoxico meu cérebro e minha mente com pensamentos julgadores.
Quanto menos rígido, mais leve, mais flexível e assim os ossos não precisarão criar algo para se defender!