Durante a aula de quiropraxia desse mês a sabedoria e a orientação de uma aluna muita experiência chamou minha atenção!
Falávamos sobre as deficiências neurológicas por compressões das raízes nervosas cuja causa é o responsável pela procura da ajuda do quiropraxista e ela nos alertou em relação ao aumento dos casos de hanseníase no país.
Janeiro é o mês que trabalha campanhas de conscientização em relação a essa patologia mas confesso que só agora chamou minha atenção!
A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa e crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen, que afeta a pele, os nervos periféricos e o trato respiratório superior.
Globalmente, o Brasil ocupa a segunda posição em número absoluto de casos de hanseníase, atrás apenas da Índia. Juntos, Brasil, Índia e Indonésia são responsáveis por cerca de 75% dos casos registrados mundialmente. Na região das Américas, o Brasil concentra aproximadamente 92,4% dos casos.
Em 2023, o Brasil registrou 22.773 novos casos de hanseníase, um aumento de 16% em relação ao ano anterior.
Principais sintomas:
Os principais sintomas incluem manchas brancas ou avermelhadas na pele com alteração de sensibilidade ao calor, dor e tato, áreas de dormência, inchaço nas mãos e pés e lesões nos nervos com diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
Apesar de não ser muito contagioso, se não for protegido, pode causar danos aos nervos e incapacidades permanentes.
Tipos:
A hanseníase pode ser apresentada em duas formas principais: paucibacilar (com poucos bacilos) e multibacilar (com muitos bacilos).
Como posso pegar uma hanseníase?
A transmissão ocorre através das vias aéreas (secreções nasais, gotículas de fala, tosse, espirro) de pacientes sem tratamento. Embora o paciente esteja sendo tratado para deixar de transmitir a doença, o período de incubação pode levar de três a cinco anos.
Qual exame detecta hanseníase?
O diagnóstico da hanseníase é feito através de exame físico e, em alguns casos, exames complementares. O exame físico, que inclui exame dermatológico e neurológico, é fundamental para identificar lesões específicas e alterações nos nervos periféricos.
A baciloscopia, que pesquisa o bacilo da hanseníase em amostras de pele, pode ser utilizada, mas não é sempre positiva, especialmente nas fases iniciais da doença. Testes moleculares, como PCR, também estão disponíveis para maior precisão e detecção precoce.
É importante ressaltar:
- A hanseníase não é contagiosa por toque, abraço ou beijo.
- A hanseníase tem cura e o tratamento é eficaz.
- O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
- É fundamental combater o estigma e o preconceito em relação à doença.
A vontade de compartilhar com vocês essas informações é para que todos nós que ganhamos na área da saúde possamos estar atentos e atualizados ainda mais que, na maioria das vezes, somos os profissionais mais próximos das pessoas que convivem com queixas e sintomas que muitas vezes são menosprezados pela maioria dos profissionais.