Jejum

Estamos em pleno Yom Kipur (Dia do Perdão) e estou fazendo meu primeiro jejum. Não de comida e sim de palavras!

Não consigo ficar sem comer, já tentei e não deu certo. Se 12 horas para exames com uma noite no meio já é um sacrifício e quase desmaio, imagina 24 horas?!

            O que verdadeiramente importa é a consciência por trás da ação

Desde o ano passado tive a ideia de fazer jejum de palavras. Será tão desafiador quanto de comida e não há chance de passar mal (no sentido de desmaios e danos físicos).

A consciência que quero despertar é a de que não preciso dizer tudo o que eu penso. Pensar antes de falar é uma ação que desejo conquistar. Medir as palavras usadas é um ideal perseguido!

O que é jejum?

É não comer e/ou beber durante um certo período. Atos de renúncia ou abstinência também podem acompanhar o jejum.

Prática comum na Bíblia é adotada por várias religiões como forma de entrar em contato com Deus, com o criador.

Uma forma de aumentar a conexão com o Divino afim de fortalecer a fé, obter respostas e/ou orientações.

Tipos de Jejum

  • Pular uma refeição e não ingerir doces, balas, chocolates e refrigerantes;
  • Pão e água – café da manhã e pão e água o restante do dia (recomenda-se não tomar água junto com o pão que fermenta no estômago);
  • Jejum a base de líquidos – café da manhã e no restante do dia chás, sucos, água de coco, caldos;
  • Jejum completo – “pode” apenas água. A pessoa não deve ter problema de saúde e já ter praticado outro tipo de jejum.

Jejum Intermitente

Uma das mais novas formas de regular o metabolismo e eliminar os quilos a mais o jejum intermitente promete ajudar a pessoa a reeducar seu organismo.

A pessoa deve comer quando tem fome e propõe refeições mais balanceadas, menos vezes por dia. A dieta deve ser baseada em legumes, verduras, carnes e ovos; diminuir muito a quantidade de carboidratos porque, quando comemos muito carboidrato o organismo produz muita insulina e há redução da glicose no sangue o que faz a gente sentir fome logo.

 

Esse jejum deve ser feito com orientação médica pois existem várias formas de fazer (12horas, 14 horas, 16 horas…) e algumas restrições devem ser respeitadas como por exemplo a atividade física.

O que acontece no corpo?

O corpo humano desenvolveu mecanismos para lidar com períodos de baixa disponibilidade de alimentos. Em essência, o processo de mudança de queima de glicose (de curto prazo) para queima de gordura (longo prazo). A gordura é simplesmente a reserva de energia, que nutre o corpo. Em tempos de baixa disponibilidade de alimentos, essa reserva é liberada naturalmente para preencher o vazio. Então, não, o corpo não “queima músculo”, em um esforço para alimentar-se até que todas as reservas de gordura sejam usadas. 

Adaptação Hormonal

Insulina

O jejum é a estratégia mais eficiente e consistente para diminuir os níveis de insulina. Isso foi observado pela primeira vez décadas atrás, e amplamente aceito como verdadeiro. Todos os alimentos aumentam a insulina, de modo que o método mais eficaz para a redução de insulina é o de evitar todos os alimentos. Os níveis de glicose no sangue permanecem normais, à medida que o corpo começa a mudar para queimar gordura para obter energia. Este efeito é visto em períodos tão curtos como de jejuns de 24­-36 horas. Jejuns mais longos de duração reduzem a insulina ainda mais drasticamente. Mais recentemente, alternar o jejum diariamente tem sido estudado como uma técnica aceitável de redução da insulina.

Hormônio do Crescimento (GH)

O hormônio do crescimento é conhecido por aumentar a disponibilidade e utilidade de gorduras como combustível. Ele também ajuda a preservar a massa muscular e densidade óssea. A secreção do GH diminui progressivamente com a idade. Um dos estímulos mais potentes para a sua secreção é o jejum. Durante um período de cinco dias de jejum, a secreção do hormônio do crescimento mais do que duplicou. O efeito fisiológico líquido é manter a massa muscular e tecido ósseo durante o período de jejum. (http://www.paleodiario.com/2015/10/fisiologia-do-jejum.html)

O jejum e as religiões

  • ISLAMISMO – um dos cinco pilares da religião, obrigatório uma vez por ano;
  • CATOLICISMO – era uma forma de arrependimento e conversão, hoje é uma forma de purificação e crescimento espiritual;
  • JUDAÍSMO – o principal realizado é no dia de Yom Kipur com a intenção de avaliação e purificação;
  • BUDISMO – para alcançar a purificação corporal e espiritual.

Por crença, necessidade ou vontade mesmo a ação de jejuar sempre visa um benefício e, como já disse em outras ocasiões: quando o propósito é claro, não há razão para o sofrimento!

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Renata Conti - Minha História

Renata Conti

Renata é fisioterapeuta e professora. Com formação em Terapias Complementares é especialista em diversas terapias como: Quiropraxia, Acupuntura, Drenagem Linfática além da estética , Moxabustão, Auriculopuntura, Shiatsu e Craniopuntura.