Há vinte anos eu estava de pijama na sala da casa dos meus pais assistindo a televisão e não acreditava nas imagens!
Não só eu, o mundo todo. Pela primeira vez assistíamos ao vivo uma cena que só imaginávamos que acontecia em filmes.
Ainda abalados pelo fato de um avião ter colidido com um prédio, veio a segunda aeronave e o que parecia inimaginável só piorou!
Tantos sentimentos confusos assolaram cada um de nós, em cada lugar do mundo, de acordo com sua cultura.
Antes mesmo desse atentado de 11 de setembro de 2001 um grande amigo, Dr. Júlio Mesquenha nos alertou dizendo que uma grande mudança de consciência era necessária e que algumas coisas aconteceriam “através do ar” para nos ajudar nessa transformação.
Aviões, bombardeios, gripe do frango, gripe do porco, qualidade do ar cada vez pior e agora vivemos ainda efeitos da pandemia causada pelo corona vírus, que também acomete vias aéreas, além de outras sequelas que ainda estão sob estudo e investigação.
Um dos piores momentos da pandemia no Brasil ocorreu em Manaus, lá na Amazônia, o “pulmão” do mundo.
Na Medicina Tradicional Chinesa (MTC) o Pulmão é regido pelo elemento METAL que cuida da introspecção das emoções, aceitação das circunstâncias e avaliações referentes ao que precisamos renovar em nós e nas nossas vidas.
O elemento METAL se manifesta na pele que “coincidentemente” se renova naturalmente. Quando somos jovens demora cerca de 30 dias e quando vamos envelhecendo, o ciclo de renovação da pele se dá a cada 40 ou 50 dias.
Já escrevi aqui sobre os Pulmões (leia texto de MAIO 2020) e reforço o quanto esses órgãos são responsáveis pelas trocas gasosas, nosso contato com o meio externo, a interação do meio externo e interno (quando respiramos jogamos o ar que é “de fora” para dentro e eliminamos o ar “de dentro” para fora) e que a metafísica disso tudo pode ser entendida assim:
FAZER O MOVIMENTO PARA DENTRO – INTROSPECÇÃO
↓
ANALISAR – TROCAS
↓
ACEITAR E MUDAR – DESAPEGO
Todos nós precisamos disso! O isolamento social e o distanciamento proporcionaram e ainda proporcionam essa introspecção que pode nos ajudar a trocar, a desapegar.
Quantos de nós precisamos mudar algo em nossas vidas durante esses últimos anos? Tivemos que desapegar de pessoas, coisas, relacionamentos, estilo de vida…
Há quanto tempo estamos sendo chamados a viver uma vida mais saudável, mais amorosa, mais respeitosa?
Procuro trazer essas reflexões nos textos para compartilhar ideias e proporcionar discussões. Chamar minha atenção e a sua também afinal, somos todos um!
Nas aulas costumo explicar aos alunos que quando vivemos uma situação emocional nosso corpo nos mostra o que estamos sentindo, se estamos nos respeitando, sendo sinceros conosco e um exemplo que uso muito é quando uma pessoa torce o tornozelo uma vez, a segunda vez, tem uma terceira vez… O mesmo tornozelo (na maioria das vezes), em intervalos curtos de tempo.
Se essa pessoa não parar para refletir quais são os caminhos que ela está seguindo ela vai quebrar o pé!
As circunstâncias são quase sempre favoráveis a resolvermos as questões pelo amor, mas por estarmos desatentos, acabamos pela via da dor. Desejo que dessa vez possamos fazer diferente.
Que cada episódio desse que veio “através do ar” nos ajude a ordenar, entender, compreender, aceitar e transformar o que cada um de nós precisa e sabe o que é.
Vamos experimentar coisas novas!
Novas formas de nos relacionar, de trabalhar, de viver.
A economia, a política, a saúde, as religiões, a educação, nós. Tudo precisa ser atualizado! Nossas ideias e ideais também.
Coragem para deixar o que não serve mais, ousadia para enfrentar desafios, entusiasmo em viver coisas novas e união da raça humana com respeito a todos.
Aprendi muito nesses últimos 20 anos e espero que você também!
